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Luis A. Cassago ., Advogado
Luis A. Cassago .
Comentário · há 6 anos
Se há valores baixos (irrisórios, até) sendo cobrados (ou pagos, no caso dos correspondentes), é porque os advogados - e a categoria em geral - deixaram de há muito de se valorizar. De fato há um advogado em cada esquina, entretanto a esmagadora maioria deixa a universidade para nunca mais abrir um livro ou participar de cursos ou seminários, também não buscam seus clientes e preferem espera-los sentados em suas cadeiras, inscientes de que qualquer pessoa é um cliente em potencial, fatos que os levam à ter de aviltarem seus honorários para ter qualquer troco no bolso. Já há alguns anos tenho percebido um alto índice de novos clientes vindos de outros colegas com reclamos por conta da falta de profissionalismo, transparência e desonestidade de alguns nos trabalhos realizados, afora os casos de maus tratos, desinformações, omissões, enfim, daqueles que, na maioria das vezes, sequer sabem como tratar e administrar uma causa, seja administrativa ou jurídica. Outros clientes reclamam, com razão, do péssimo "pós venda" com a total falta de contato e retorno dos colegas depois de terem sido contratados, também de orientações berrante absurdas do tipo parar de pagar alimentos para ingressar, pasmem, com mandado de segurança na impossível tentativa de reduzi-los. Já ouvi inclusive relatos de advogados que gritam com seus clientes, os chamam de burros e batem no peito (ou na mesa) enquanto verbalizam escalabros à quem põe "comida em seu prato". De meu lado trabalho como apregoado na tabela da OAB/SP e posso dizer que tenho ótimos e fieis clientes em minha carteira, já há cerca de 20 anos. Afirmo e sustento que o segredo da fidelidade está no atendimento coerente, coeso, empático, compassivo, honesto, transparente e muito atencioso; na disponibilidade e retorno rápido dos contatos feitos pelos clientes e no fino tratamento, além da atualização sempre necessária ao bom atendimento em caráter mais preventivo ou, não sendo possível, na resolução amigável dos litígios, deixando o contencioso para casos mais graves, severos. Acredito que quem reclama deve olhar, por primeiro, para seu próprio "umbigo" e perceber que cada cliente é único e, como tal, quer e deve assim ser tratado. A importância que se dá a casa cliente em potencial é, portanto e em suma, o diferencial que falta para que se possa cobrar o justo por cada trabalho contratado.
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